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Vítima de assédio sexual de colega chega a acordo com o patrão
Manuel Rodrigues

O empresário Manuel Rodrigues, que é vice-presidente do Sporting Clube de Braga, chegou a acordo, esta sexta-feira, com a jovem funcionária vítima de assédio sexual imputado a um colega seu de trabalho, que também é autarca na Póvoa de Lanhoso.

Segundo apurou o JN, o acordo, cujos termos todos os advogados se recusam a revelar, foi já aceite pelo Juiz do Tribunal do Trabalho de Braga, mas passará, designadamente, por uma desistência da contra-queixa que o empresário Manuel Rodrigues moveu à própria vítima de assédio sexual, alegando difamação com as notícias nos jornais. Este processo, revelado hoje na edição impressa do JN desta sexta-feira, corria noutra instância da Comarca de Braga.

À saída do Tribunal do Trabalho de Braga, o empresário Manuel Rodrigues não prestou declarações, estando acompanhado pelo advogado bracarense Severino Santos, que é sua testemunha e conduziu o processo de averiguações interno na empresa OniRodrigues, arquivando o caso, sem nunca ter sido ouvida a vítima e numa altura em que já tinha caducado o prazo para a jovem funcionária se queixar no Ministério Público. Por esta razão, o Tribunal do Trabalho de Braga foi a única via judicial para a funcionária da empresa fazer valer os seus direitos.

Também à saída do Tribunal do Trabalho de Braga, a advogada Rita Garcia Pereira, que representa a vítima, lamentou as notícias e a mediatização em redor deste processo, escusando-se mesmo a confirmar ter havido acordo, notícia adiantada pelos advogados de Manuel Rodrigues e confirmada pelo JN junto do Tribunal do Trabalho de Braga.

Na base deste processo está uma queixa da vítima por assédio sexual, presumivelmente cometido em 2018. Na altura, o agressor não chegou a ser afastado do local de trabalho da jovem. Além disso, segundo a queixa judicial que a mulher apresentou, a entidade patronal não terá realizado as diligências a que está legalmente obrigada. Pelo contrário, a mulher queixou-se de ter passado a ser, desde então, hostilizada pelo próprio patrão, o empresário Manuel Rodrigues, que, entretanto, a processou por alegada difamação.

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